
Câncer de Ovário
Pouco
frequente, o câncer de ovário é o tumor ginecológico mais difícil de ser
diagnosticado e o de menor chance de cura. Cerca de 3/4 dos cânceres desse
órgão apresentam-se em estágio avançado no momento do diagnóstico. A maioria
dos tumores de ovário são carcinomas epiteliais (câncer que se inicia nas
células da superfície do órgão), o mais comum, ou tumor maligno de células
germinativas (que dão origem aos espermatozoides e aos ovócitos - chamados
erroneamente de óvulos).
As
mulheres devem estar atentas aos fatores de risco e consultar regularmente o
seu médico, principalmente aquelas acima de 50 anos. Fatores hormonais,
ambientais e genéticos estão relacionados com o aparecimento do câncer de
ovário. História familiar é o fator de risco isolado mais importante. Cerca de
10% dos casos apresentam componente genético ou familiar, e 90% são
esporádicos, isto é, sem fator de risco conhecido.
Ter tido câncer de mama, útero ou colorretal ou
nunca ter engravidado também aumenta o risco de ter câncer de ovário. Alguns
estudos sugerem que a ingestão do hormônio estrogênio (sem progesterona) por 10
anos ou mais pode aumentar
a
chance de a mulher vir a ter esse tipo de tumor.
A presença de cistos no ovário, bastante comum,
não deve ser motivo para pânico. Quando as pacientes se apresentam com alguma
alteração em exames que detectam o ovário, devem procurar um especialista para
avaliação.
O exame preventivo ginecológico (Papanicolau)
não detecta o câncer de ovário, já que é específico para detectar o câncer do
colo do útero.
Na
fase inicial, o câncer de ovário não causa sintomas específicos. À medida que o
tumor cresce, pode causar pressão, dor ou inchaço no abdômen, pelve, costas ou
pernas; náusea, indigestão, gases, prisão de ventre ou diarreia e cansaço
constante. Outros sintomas, apesar de menos comuns, também podem surgir, como
necessidade frequente de urinar e sangramento vaginal. A maioria desses
sintomas não significa que a mulher tem tumor de ovário, mas serve de alerta
para que ela procure um médico.
Diversas
modalidades terapêuticas podem ser oferecidas (cirurgia, radioterapia e
quimioterapia). A escolha vai depender principalmente do tipo histológico do
tumor, do estadiamento, da idade e das condições clínicas da paciente e de se o
tumor é inicial ou recorrente. Se a doença for detectada no início -
especialmente nas mulheres mais jovens - é possível remover somente o ovário
afetado. Em muitos casos é necessário quimioterapia após a cirurgia.